
SUBURBANOS
Parte-se a boca.De todos os pedaçosdos corpos desunidos fogem vermes imaginários.Os ratos vão marchando entre as inumeráveis madrugadas da favela.Num último escarroa vida se trapaceia(mais uma vez).Ainda é muito noite:os seios não se vão pelos decotes,mas permanecem cambaleantes.O homem- risível pataca de sonhos -contorna as mulherescom a fumaça do cigarro.É preciso matar...O mundo está muito flácido.Os becos se inclinampara proteger a facada.- Venha cá, tolo cãozinho:talvez seja o último gato.A cidade exala seu perfume doentioe começa a se devorar.Os cemitérios cospem seus fantasmasque vêm ao nosso encontro.Do meio do meu sorrisodesprende-se o teu desejo.Pequemos,ainda que haja amanhã.
Parte-se a boca.De todos os pedaçosdos corpos desunidos fogem vermes imaginários.Os ratos vão marchando entre as inumeráveis madrugadas da favela.Num último escarroa vida se trapaceia(mais uma vez).Ainda é muito noite:os seios não se vão pelos decotes,mas permanecem cambaleantes.O homem- risível pataca de sonhos -contorna as mulherescom a fumaça do cigarro.É preciso matar...O mundo está muito flácido.Os becos se inclinampara proteger a facada.- Venha cá, tolo cãozinho:talvez seja o último gato.A cidade exala seu perfume doentioe começa a se devorar.Os cemitérios cospem seus fantasmasque vêm ao nosso encontro.Do meio do meu sorrisodesprende-se o teu desejo.Pequemos,ainda que haja amanhã.
fonte: Garganta da Serpente
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