Muitas lendas explicam a comemoração do Dia de São Valentino, festejado em vários países no dia 14 de fevereiro. Uma das mais famosas histórias conta que o santo foi um padre que viveu no século III, em Roma. Naqueles tempos, o imperador Claudius II percebeu que os homens solteiros eram bem mais dispostos a guerrear do que aqueles que tinham esposa e filhos. Para melhorar seu exército, o tirano proibiu os jovens de casar. Valentino, inconformado com aquela injustiça, passou a celebrar casamentos em segredo, até que foi descoberto e assassinado, tornando-se postumamente o santo protetor dos enamorados. Já a data da comemoração foi escolhida pela Igreja católica para ofuscar a festa pagã Lupercalia, que também envolvia rituais de relacionamento amoroso
E para Homenagear este dia:
E para Homenagear este dia:
A falta que ama
Entre areia, sol e grama
Entre areia, sol e grama
o que se esquiva se dá,
enquanto a falta que ama
procura alguém que não há.
Está coberto de terra,
forrado de esquecimento.
Onde a vista mais se aferra,
a dália é toda cimento.
A transparência da hora
corrói ângulos obscuros:
cantiga que não implora
nem ri, patinando muros.
Já nem se escuta a poeira
que o gesto espalha no chão.
A vida conta-se inteira,
em letras de conclusão.
Por que é que revoa à toa
o pensamento, na luz?
E por que nunca se escoa
o tempo, chaga sem pus?
O inseto petrificado
na concha ardente do dia
une o tédio do passado
a uma futura energia.
No solo vira semente?
Vai tudo recomeçar?
É falta ou ele que sente
o sonho do verbo amar?
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
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